Iniciando aqui uma seção que já possuo no meu blog enTHulho, que é destinada a relembrar as músicas pertencentes à minha memória auditiva, que de alguma forma me marcaram forte (no caso, enquanto lá fica a cargo das nacinais, utilizarei o eTHos pra relembrar as internacionais que foram importantes para mim).
Pra iniciar, vamos direto ao ponto de partida da vida de TH: os lendários anos 80! Eta época pra dar trabalho....rs...é o campo de ouro da vida dos nostálgicos que se prezem, e tudo o que aconteceu nessa época foi tão forte que dentre todos os saudosistas, os oitentistas realmente são os mais incisivos. Muita coisa começou ali: música eletrônica bombando, o pop tinha uma leitura mais fresca e liberal, os artistas ousavam mais sem medo...enfim...
Simple Minds começa aqui, com este que foi o tema de um de meus filmes prediletos: o Clube dos Cinco. Mas como desde sempre a primeira coisa que presto atenção é a música, este hit ficou encravado na minha mente desde sempre! Até hoje ele me soa mooooito atual. Eles tem outras de sucesso, como "Alive And Kicking" mas essa, é ESSA! rs...A Ver...
[DON'T YOU] FORGET ABOUT ME Simple Minds Hey, Hey, Hey ,Hey Won't you come see about me? I'll be alone, dancing you know it baby Tell me your troubles and doubts Giving me everything inside and out Love's strange so real in the dark Think of the tender things that we were working on Slow change may pull us apart When the light gets into your heart, baby Don't You Forget About Me Don't, Don't, Don't, Don't Don't You Forget About Me Will you stand above me? Look my way, never love me Rain keeps falling, rain keeps falling down Will you recognize me? Call my name, never love me Rain keeps falling, rain keeps falling down Don't you try to pretend It's my feeling we'll win in the end I won't harm you or touch your defenses Vanity and security Don't you forget about me I'll be alone, dancing you know it baby Going to take you apart I'll put us back together at heart, baby Don't You Forget About Me Don't, Don't, Don't, Don't Don't You Forget About Me As you walk on by Will you call my name? As you walk on by Will you call my name? When you walk away Will you walk away? You walk away Oh call my name And will they sing it? La, lalalala....lalalala.... TH - Altamente contagiante!
Lembro que estava feliz no começo de Outubro...despenquei no final e volto a sorrir agora neste início de Novembro. Se puxar um pouco mais pela memória, percebo que em Março, com a aprovação (a lendária), eu estava muito mais que contente, para em Maio sofrer um novo baque no campo afetivo, que veio a se estender por meses...
Vasculhando mais ainda, há quase dez anos, em 1999, eu vivia um misto de alegria por estar no último ano do colégio e tristeza por ter sido justamente a época em que meus pais se separaram.
A vida é mesmo essa montanha russa. Um dia você tá no topo...outro você está seguindo linearmente, sem saber o que encontrará na próxima curva...depois de uma subida íngreme você cai vertiginosamente, com a sensação de abismo sem fim...até reemerger e reescalar tudo devagar.
Não, não consigo ficar apenas no topo. Não há pensamento positivo ou bons fluídos que impeçam a gente de, em algum momento, nos permitirmos despencar. É da gente, é de nossa vida: viver os momentos DOWN assim como os UP, todos fazem parte de nosso modo de ser. Admiro e venero quem consegue encarar tudo da parte mais alta da montanha, mas no fundo, acredito que é apenas uma forma de mascarar os receios existentes.
Se existisse um fórmula que dissesse que a gente só passaria por momentos felizes, que nosso cotidiano seria eterna brincadeira e que quaisquer adversidades resolveríamos com uma pílula da felicidade, que tomaríamos e ela entraria em nosso corpo contagiando cada pedaço, para ao final, quando chegasse em nosso estômago, acendesse uma "luz' que nos tornasse "alegrinhos", será que estaríamos preparados pra todas as mazelas que enfrentamos em nossas sagas? Eu não vou deixar de pensar que a dor nos engrandece sim, nos prepara pra próxima briga e nos deixa mais fortes!
Hoje eu tô bem. Amanhã sei que não estarei, mas também sei que depois de amanhã voltarei a ficar de boa. Saber dosar todos esses estágios é o que faz TH ser, de certa forma, uma pessoa centrada. E modesta...rs
Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou: - Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa? Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi: - Estou ouvindo um barulho de carroça. - Isso mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia... Perguntei ao meu pai: - Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos? - Ora, respondeu meu pai, é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz! Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grossura inoportuna, prepotência, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir o meu pai dizendo: ... Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz!
Observando a trajetória da vida familiar dele, obtém-se uma grande constatação: sempre se vislumbrou na figura do Ser Invisível. Não que isso queira dizer que ele não era amado pelos seus, disto nunca teve dúvida. Sua base lhe rendeu muito do que precisava para se tornar o que é hoje: educação, saúde, recursos. O pequeno não seria louco de se queixar por conseguir todas as oportunidades que lhe foram dadas - e o já citado amor também existia. Só que o que se questiona é a linha entre o amor que se dá e o que se demonstra. Pessoas mais extrovertidas normalmente dão bem mais abertura pra que os outros as entendam e as aconcheguem e acalantem. Tudo é mais fácil em seus mundos. Já no restrito mundinho THímido, as atenções tinham que ser sempre cobradas, chamadas. Pra encrenca ser maior, seu signo era Peixes, e sabem como essas coisas lhes são muito imperiosas. É difícil saber se ele estava exigindo demais, ou se era pouco. As pessoas não se importam mais com esse tipo de coisa. O ideal era entrar no jogo "normal": ser um bom filho, com boas notas, que não se envolvia com drogas, ou que não arrumasse confusão, pra depois casar, ter um bom emprego e ter lindos herdeiros. O papel de seus pais era meramente o de cobrar isso tudo, e não havia, no manual de instruções deles, o tópico "diálogo", algo que realmente fez muita falta na composição do agora adulTHo. Sem diálogos, ele passou muito tempo sem norte, sem parâmetros...precisou diversas vezes ouvir uma palavrinha de direcionamento, mas de quem? Pai ausente, mãe idem. Avós muito carinhosos, mas desde aquela época já demonstravam o quanto sua geração era diferente e não havia "tantas novidades" em termos de complicações do ser humano. No presente, crescido, olhando pra trás, ele sente uma leve mágoa, mas até agora não entende bem o que de fato queria. Tem um relacionamento cordial com os pais e os avós, no entanto, a afetuosidade que sempre requereu quando jovem hoje teria graça? Sua defesa quando das adversidades sempre foi se encolher, fechar-se numa conchinha, e só abrir frestas pra raríssimas pessoas, no entanto, no fundo, ele queria sim abrir um pouco mais dela pra sua família. Timidamente quis. Quis tantas vezes também mandar aqueles meninos que riam de sua sem-graceza aos infernos. Quis até ser outro, com outro nome e com uma maneira bem melhor de lidar com a vida. Quis tanto e nunca fez nada pra alcançar seus anseios. Apenas quis. Era uma posição cômoda, ser um moleque com muita imaginação, imaginar tanta coisa, até sua própria figura idealizada. Era necessário, no entanto, um fiapo de coisa-verdade. Um descanso na loucura e em sua realidade tão distante e invisível. O adulto, agora, olha pra trás e vê com muita tristeza quanto querer por querer. Cabe a ele agora escrever suas próximas linhas... P.s.: Outra coisa que sempre quis, nos momentos de dificuldade, mas que parecia até pecado desejar, era que alguém sentasse, enxugasse suas lágrimas, e cantasse com ele:
Você, com seus olhos tristes, não fique desanimado oh, eu imagino que é difícil criar coragem num mundo cheio de gente você pode perder a visão de tudo, e a escuridão dentro de você pode fazê-lo se sentir tão insignificante...
Mas eu posso ver suas cores verdadeiras brilhando sem parar Vejo suas cores verdadeiras e é por isso que eu te amo então, não tenha medo de deixá-las aparecer as suas cores verdadeiras as cores verdadeiras são bonitas como um arco-íris
Então, dê um sorriso pra mim não fique triste, não me lembro quando foi a última vez que eu te vi sorrindo Se este mundo te deixar louco e você já não agüentar mais, ligue pra mim porque você sabe que estarei ao seu lado
Depois de uma festiva e alegre fase infantil, veio o golpe duro de "gente grande". Não estou desacreditado, não estou derrotado...sinto-me apenas um pouco destoado. O meu estado de espírito atual não combina que o que vinha apresentando há um tempinho. Nessas horas o que mais queria era sumir um pouco, ir ali na lua e "give a break". Muitos dirão que a fuga não é meio de saída nenhum, mas infelizmente é a maneira com que eu aprendi a lidar com os dissabores da vida. Em momentos assim eu queria muito ser aquele outro "eu', o imaginário, astuto e forte Thomaz. Um nome que desde pequeno eu queria ter ao invés de Thiago, além do que, esse Thomaz representa tudo o que queria ser. Era o TH idealizado, feliz sempre, que consegue resolver tudo sem grandes dores de cabeça, inteligente, competente...Psicólogos de plantão e amigos queridos devem ter percebido que eu idealizo o Thomaz com base em todas as minhas frustrações e nos problemas que eu não consigo suportar, e que certamente ele saberia lidar com louvor. O que tá pesando, e o que certamente pouquíssimos estão entendendo, é o fato de eu subestimar o quanto meu lado profissional me é caro. Qualquer desvio, derrota, empreitada não sucedida, falta de êxito, ou até mesmo uma causa que perco toma proporções bem maiores do que para um simples mortal. Culpa exclusivamente minha - por conceber o TH profissional como uma das minhas grandes vaidades peculiares - não por acaso o que faz com que o orgulho seja ferido muuuuuuuuuuuito fácil. Thomaz, caso realmente não conseguisse (o que duvido muito) ser bem sucedido, saberia contornar, saberia sorrir e dizer: fica pra próxima. Admiro demais este danado...pois, diferente deste que vos fala, ele não se sentiria afogado com uma infinidade de "não era pra agora', "não era pra ser', "não deixa a peteca cair", "não se desiluda". Thomaz saberia acatar esses conselhos e seguiria com a cabeça e a bola pra frente. Não o TH, com seu comportamento desde sempre "Charlie Brown" de ser... Posição de eterna vítima? Deve ser também mais um dos inúmeros defeitos do raso TH, como um bichinho que se afugenta diante de um ataque perverso, ou de uma dificuldade num grau mais elevado. Quando ele voltar da lua, entretanto, deve repensar um pouco mais em todos os conselhos recebidos. E quem sabe, chegar a 10% ao menos do sempre genial Thomaz. Destoando, cambaleando, mas se preocupando demais em conseguir voltar.
When you're alone and life is making you lonely You can always go downtown When you've got worries all the noise and the hurry Seems to help, I know - downtown
Just listen to the music of the traffic in the city Linger on the sidewalk where the neon signs are pretty How can you lose? The lights are much brighter there You can forget all your troubles, forget all your cares
So go Downtown Things 'll be great when you're Downtown No finer place for sure, Downtown Everything's waiting for you Downtown
Don't hang around and let your problems surround you There are movies shows, Downtown Maybe you know some little places to go to where they never close, Downtown
Just listen to the rhythm of a gentle bossa nova You'll be dancing with them too before the night is over Happy again The lights are much brighter there You can forget all your troubles, forget all your cares
So go Downtown Where all the lights are bright, Downtown Waiting for you tonight, Downtown You're gonna be all right now, Downtown Downtown Downtown
And you may find somebody kind to help and understand you Someone who is just like you and needs a gentle hand to guide them along So maybe I'll see you there We can forget all our troubles, forget all our cares
So go Downtown Things 'll be great when you're, Downtown Don't wait a minute more, Downtown Everything is waiting for you Downtown Downtown Downtown Downtown