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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O DESCANSO DO GUERREIRO

Seu Manoel, agora brilhando em outros planos


Nesses últimos meses de 2010, Seu Manoel estava com dificuldade de se comunicar. Atingido por um mal que lhe impossibilitara a fala, tinha que se esforçar bastante pra poder expressar o que queria e o que estava sentindo. Não por acaso, foi a época em o nosso querido português mais ensinou!
Não o conhecia há tanto tempo. Tive os primeiros contatos em 2005, quando sua filha Vera e eu virávamos noites em nossos famosos 'luais" na praia da Jatiúca (sem violão, só comida, amigos e papo - por isso passamos a chamar de "conversais"). Logo cedinho, umas 5:30 da manhã, estava lá, próximo a nós, aquele senhor passeando devagarzinho, entendendo que a caminhada matinal era tão saudável para seu corpo e necessária para sua recuperação. E acenava pra nós, gentil, cordial e afável.
Quem via aquele frágil corpo que estampava um sorriso tão amigo e generoso pela primeira vez, não imaginaria nunca que dentro dali residia um guerreiro bravo e forte, que já tinha vencido um câncer e dava uma baita lição para todos que achavam que tinham "problemas'. Não, não tínhamos problema algum. Calávamos-nos diante de alguém que consegue ser tão poderoso com tanta simplicidade e força de vontade.
Ele, muitas vezes, poderia ter desistido. Quando a doença voltou, muitos abandonariam a batalha só para clamar aos céus o porque de um mal tão injusto ter retornado, mas se manteve firme e dedicado a enfrentar mais essa luta. E esta se fez mais árdua quando perde um de seus filhos, em 2008 e sua esposa, em 2009. Todos, meio que inconscientemente, achava que, na "fila' para brilhar no céu, o seu Manoel iria primeiro. Nunquinha...ele persistiu e nos presenteou com a melhor das lições de vida: a persistência. Enquanto tinha consciência que existia um propósito pra se manter vivo - que teria sentido continuar batalhando pra ficar um cadinho mais nesse universo, ele fez de tudo. Até contrariar vergonhosos funcionários do Hospital Geral do Estado de Alagoas, que, ao vê-lo nas macas esperando atendimento, balançavam a cabeça com sinal negativo: "ih, esse já morreu". Manoel, que adorava ser teimoso e fazer raiva pra irritar quem merecia, ainda fez esse feito. "Esse gostinho eles não vão ter. Não vou me entregar". E assim o fez. Seja por birra ou por qualquer outro motivo, dá gosto perceber que ele nunca se rendeu.
Só o fez quando chegou mesmo a hora. Nosso gentil e desbravado ídolo vinha guerreando faz tempo, e não há soldado que fique tanto tempo de pé por mais forte e resistente que chega. Tem mesmo aquele momento de não poder mais se apoiar no rifle pra ficar de pé. A cortina e os olhos se fecham e ele se encontra, agora, no momento de ir em frente. De partir, de continuar...
Pra onde? Só a fé de cada um poderá explicar. EU prefiro entender que sua missão nesse plano se concluiu, e com todos os méritos possíveis. O nosso guerreiro agora vai "ensinar em silêncio" em outros tantos lugares, mas deixando belos frutos de todo aprendizado que ofereceu, sobretudo a minha já citada amiga, que herdou o espírito de combate do pai e consegue mostrar, a cada atitude, que a lição foi aprendida e que é seu destino continuar distribuindo pros amigos e familiares um pouco desta aura poderosa.
Eu sou um dos contemplados...com certeza!
Por isso, pra sempre, com muito orgulho, agradecerei


MUITO OBRIGADO, SEU MANOEL!


TH

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

TH NEWS FLASHES XIX [Os amigos vão para o céu]


Falar...
Falar o quê?
Talvez o silêncio e a vontade de estar sozinho fossem mais adequados agora, mas quando calo, sinto uma vontade inexplicável de externar...
Aí escrevo...
Mas quando me disponho a escrever sobre algo que me incomoda muito, não consigo encontrar palavras certas. Eu me perco. Fico sem saber como começar...
Respirando fundo...
Resolvi falar dele...
Sobre o quanto ele foi e sempre será importante pra mim.
E também, não me perguntem o por quê, tratarei dos fatos de trás pra frente.
Hoje, abro a porta de casa e sinto um grande vazio. Procuro ele por todos os cantos. Vejo se não está na cadeirinha de estimação, no bureau, embaixo da cama, sempre deixando o rabo à mostra, e tornando verdadeira a máxima "gato escondido com o rabo de fora". Uma sensação parada...as pessoas tentam me confortar com torpedos, telefonemas, recadinhos, depoimentos. Isso, hoje, por melhor e mais sinceras que sejam suas intenções, acreditem: me deixam pior. Fase de negação? De viver a realidade, no primeiro dia? Pois sim...
Minha mãe, depois de mim, a mais apegada. Está num estágio lamentável. Pouco comum ver uma pessoa tão forte, dura como uma rocha, desabar de uma altura tão grande a ponto de não conseguir ir trabalhar no dia de hoje. E mais irônico foi constatar alguém fraco como eu fazendo as vezes de forte, tomando as iniciativas cabais, fazendo o jogo do prático e objetivo, tendo que tomar as rédeas da situação, providenciando enterro, cuidando das mulheres da casa...pra poder despencar com mais calma, filtrando a realidade...deixando-a passar em conta-gotas....
Ontem, em seus momentos finais, estava lá comigo, Quitéria (empregada daqui de casa) e minha mãe. Estava com uma dificuldade absurda de respirar, sem forças pra miar e traquejando...nós tinhamos ido comprar um nebulizador. Na hora do aperto, descobrimos que os dois que tinham aqui em casa estava quebrado. Minha mãe saiu pra comprar. Quem, na hora do sufoco pensaria no gasto de dinheiro em prol de salvar uma vida tão querida? Quase como malabarismo conseguimos montar o troço. Coubera à avó - nervosíssima como sempre - a dura tarefa de vencer seu estado emocional e tentar ver, na bula do aparelho, como ele funcionava. Ao ficar pronto, e na eminência de tentar sugar aqueles líquidos todos que estavam enchendo o pulmão do meu mascote, sentimos que ele mudava o semblante. A pupila dilatou completamente e o corpo amoleceu. O coraçã batia, mas o gato não reagia mais. Cerebral. Mais tarde, o Veterinário veio aqui pra casa. Não podia fazer mais nada, mas fizera questão de examinar o animal semi-moribundo e declarar sua morte. E tentar confortar a família, claro. Ele morrera de falta de ar. O pulmão estava completamente cheio de secreções, oriundas das defesas baixas dele depois de tanto sofrimento vencido. Anemia e retenção de líquido pulmonar foram as principais causas...
Sexta Feira, dia 20. A terceira cirurgia visava retirar uma hérnia adquirida pelos eu mau comportamento de gato em recuperação. Ele já tinha passado por outras duas antes, estava fraco e era esse o maior medo do veterinário - que ele não resistisse. Chegou, num determinado momento das 5 horas de cirurgia, a ficar em coma. Mas como um guerreiro que sempre foi, venceu mais essa batalha e dessa vez ficaria numa gaiolinha pra evitar de se movimentar e correr o risco de desatar as suturas novamente.
Na terça, dia 17, o dia que deveria ter recomeçado - ante todas as desgraças que aconteceram na minha vida nele, começou a eliminar pus. Era resultado das suturas rompidas. O gato era danado, não conseguiu ficar quieto o suficiente mais uma vez. Antes disso, no Sábado 14 ele tinha feito sua segunda cirurgia, que foi justamente pra limpar o pus adquirido por rompimento das suturas da primeira cirurgia, que ocorreu no dia 7. Essa preliminar operação consistia em abrir seu intestino pra retirar as fezes que estavam obstruídas e limpar os cristais em sua bexiga.
No começo de tudo: uma dificuldade de evacuar e moleza no corpo. Tomou lavagem, mas não resolveu. O veterinário pediu um raio X. Constatou o problema. Marcou a cirurgia.
Muito tempo antes, especificadamente em 2007: uma queda fez com que ele quebrasse a patinha e mancasse pro resto da vida.
Em 2006, comeu um rato envenenado, foi hospitalizado e ficou entre a vida e a morte. O que salvou, pasmem, foi sua gordura: fez com que o veneno não atingisse antes do inibidor ser aplicado. Chegou também a entrar em coma. Resistiu. Venceu.
A saga do gato guerreiro, no entanto, não poderia começar de outra forma. Naquele Novembro de 2004, numa ninhada nascida antecipadamente, foi o único com menos condições de vingar. Com muitas dificuldades respiratórias, ele quase se foi. Se não fosse minha ajuda e de minha mãe, que providenciamos sua ida ao médico veterinário à tempo, ele não teria, decerto, condições de construir essa linda história descrita nessas escassas linhas. Por ele ser frágil, com uma respiração que parecia um motorzinho, mas meigo, nada bravo e manso, não tinha outro caminho a percorrer que não fosse ser o gato mais amado da casa.
Muito dócil, fiel, alegre, manhoso...
Ele faz falta.
A casa perdeu um colorido imenso agora. Perdeu a alegria. Aquela vontade de sorrir só em vê-lo.
Tão conhecido companheiro. Tão atuante cúmplice. Tão ouvinte. Tão amigo.
Eu vivo procurando-o.
Fico sonhando em revê-lo, com seus pêlos que parecem nuvens, sua fofura que me fez companhia por longos e longos anos.
Não sentiria tanta falta de muitos humanos...
As pessoas não entendem. Acham supérfluo gastar tanto sentimento por um simples felino. Ou acham um absurdo gastarmos tantos na tentativa de salvá-lo.
Bem, quero que as pessoas se danem.
Amor verdadeiro sempre foi o que eu senti por ele.
Sua morte realmente me baqueou.
E não sei quando conseguirei, de fato, me reerguer.


BANKI BENFORD

04-11-2004
22-11-2009

Rest in Peace!



TH - :´(

segunda-feira, 29 de junho de 2009

UM ÚLTIMO ADEUS...

Michael Jackson se foi na última quinta-feira, pondo fim a uma trajetória repleta de sucesso, trabalho árduo, glamour, polêmicas e uma vida esquisita, protagonizada por um não tão menos estranho representante, mas, sobretudo, uma alma perturbada por fantasmas do passado e que num determinado momento se entregou, não aguentou o fardo.
Minha relação com Michael sempre foi de admiração. O cara reinventou a música Pop, com muito talento e tino pra ser progressista. Deu altíssimos passos e dominou nas décadas de 70, 80 e 90, como ícone pop e do entretenimento. Próximo dele, ainda vivos, talvez Bono Vox ou Madonna...antes dele, Elvis Presley, Beatles, Frank Sinatra...
Na seção "ClipoTHeca Básica" do mês de Maio, coincidentemente estava lá MJ, com um dos clipes que soam atuais até os dias de hoje, ainda que seja de 1982: Thriller, clipe que, antes de assombrar, me magnetizava diante da TV na década em que nasci.
Não estou aqui pra falar das polêmicas ou da estranheza que ronda sua morte, pois com relação a isso, "Sônia Abutrão" e demais programas sensacionalistas já estão se empenhando. Aqui fica um sincero adeus, de um não tão fã, mas bom admirador de seu talento e criatividade. O rei do videoclipe, das danças, da polêmica e do progressismo fará falta!
Quando se torna um mito - aqui empregado no sentido de lenda, de expoente máximo, as barreiras tendem a não serem destruídas. E o nome de Michael Jackson está inserido pra sempre na história.


TH - Rest In Peace, MJ

quarta-feira, 29 de abril de 2009

LUTO

Não, não é ele, mas a semelhança é absurda!
Rest In Peace, Little Black...
E que todos superemos...

TH - :´((

sábado, 7 de fevereiro de 2009