domingo, 29 de junho de 2008

DOMINGO DE CHUVA...


Domingo de preguiça...de ficar em casa. É desses dias que a gente não sabe o que fazer pro tempo passar. Mãe foi arrumar as roupas. Avó foi fazer palavras cruzadas na sua cadeira. Avô foi dar uma voltinha pra conversar com seus compadres nos barzinhos afora. Irmão mexendo na net. E eu, após o cochilo posterior ao almoço e depois de tentar reler um livro dos tantos da estante, tive a idéia de conversar com minha família.

Como conversar nos dias de hoje está raro! E olha que tenho os membros da minha família aqui, comigo, morando junto. Parece que as vantagens da vida moderna atrapalham o entrosamento pessoal e familiar. Lembro, há bastante tempo, quando eu era criança, meus pais ainda estavam juntos, passávamos as tardes de Domingo passeando e quando chegávamos em casa, brincávamos de mímica, de telefone-sem-fio, de "karaokê" e outros divertimentos mais. Havia muita piada, histórias antigas e divertidas que meu pai contava. Uma vez, faltou energia e nos entretemos tanto que nem notamos que ela já tinha voltado há um tempão! Esquecíamos da hora nos Domingos com muita facilidade! É triste notar que isso se perdeu muito hoje. As pessoas estão super individualistas, cada vez mais se ocupando em atividades semi-autistas, esquecendo de parar para simplesmente perguntar pra quem está do lado como está.

Conversar hoje com m inha família me deixou um pouco deprimido. Os diálogos que antes eram entusiasmados, hoje viraram respostas sem paciência, "caduquice', na mente deles. É a família moderna...antes, os Domingos de chuva não se resumiam apenas nas brincadeiras e piadas, mas também havia muita conversa-cabeça, meus pais contavam coisas de suas infâncias, meus avós idem, era interessante notar a diferença entre as gerações. Será que terei histórias da minha pra contar?

As pessoas hoje tem seus afazeres pessoais como prioridade. Não pensam, agem. Não perdem tempo, procuram preenchê-lo com coisas "mais úteis". O mundo mudou e nós mudamos com ele. Só um determinado garoto de Maceió que insiste em pensar que há condições de resgatar coisas do passado...mas pensar isso é o que o alimenta.

Por essas e outras que o sonho de morar só persiste me consumindo...pelo menos sozinho, terei condições de impulsionar esse "lado TH de ver o mundo", sem correr riscos de me taxarem de caduco/maluco/lunático. Há coisas que só nós podemos fazer a nós mesmos...

TH - Reflexivo

quinta-feira, 26 de junho de 2008

quarta-feira, 18 de junho de 2008

MOMENTO CLARICE


"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, pois viver ultrapassa qualquer entendimento" CL


TH - Nada errado em ser pisciano!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

DENÚNCIA BRANCA


Em Janeiro desse ano eu tomei uma das mais sábias decisões da minha vida: me filiar a um grupo voluntário de combate a injustiças sociais e ambientais. O grupo, que envolve alguns estados daqui do Nordeste, foi fundado há um ano e tem um histórico de atuação muito abrangente, por conseqüência lida diretamente com o coronelismo exacerbado que reina por essas bandas. São diversos profissionais engajados: médicos, dentistas, advogados, professores, atores, assistentes sociais, psicólogos, dentre outros, com o apoio total com ONGS mais poderosas que a nossa, que nos impulsionaram a crescer.

Até então minha participação era apenas como de colaborador, junto a outros advogados, cuidava da parte informativa sobre legislação ambiental e trabalhista. Na parte jurídica ainda temos o reforço de alguns fiscais do Ministério do Trabalho, pessoas competentes, sérias e completamente antenadas a tudo o que possa envolver injustiça nas relações de emprego e trabalho. Eu disse até então pois fui testemunha auditiva de uma verdadeira pressão por parte de políticos com histórico lamentável aqui na nossa região.

Simplesmente intimidaram o grupo com telefonemas - no início da conversa cordiais, mas ao final, o tom era de ameaça prestes a ser cumprida. No caso, tínhamos denunciado uma fazenda no interior de Paraíba, onde, por meio de pesquisas, os dados oficiais indicaram que os trabalhadores eram obrigados a cumprir jornadas abusivas em troca de salários irrisórios, além de receber alimentos podres e água contaminada. Não sabia se o fazendeiro tinha relação direta com a política, mas sei que esta foi quem veio imediatamente na defensiva dos interesses dele, realizando a citada ameaça. A ação foi parar em Brasília, no início do mês,o grupo esteve lá em massa e o simples informante que eu era foi tomado por um sentimento muito mais forte que isso diante do caso.

Como se não bastasse, no dia 05 de Junho participei, junto até com minha mãe (que é ecóloga e também participa do grupo – na parte de defesa ao Meio-Ambiente) de uma linha de palestras em prol do Meio-Ambiente, pois o dia 5 é o dia da preservação do mesmo. No Shopping Iguatemi, daqui de Maceió, o slogan do ano era “Nossa casa pode ser feita com Material reciclado - a deles não” e mostrava a foto de um passarinho com seu ninho composto de material reciclado – uma graça, aliás. Nesse mesmo dia sentimos o desapoio de grandes empresários alagoanos, totalmente hostis com os trabalhos do grupo, e fiquei sem entender. No dia seguinte, conversando com um dos fundadores do grupo, ele me afirmou: esse empresário já quis destruir nossa entidade por achar que seríamos uma pedra em seu sapato – afinal, por mais que a empresa dele destruísse o ambiente e o revitalizasse, essa revitalização era feita às escondidas, teoricamente fiscalizada pelo IMA e pelo IBAMA, mas não era bem assim.

Eu posso afirmar categoricamente que não sou mais o mesmo depois de ter me feito integrante do grupo. Mudou demais minha maneira de pensar e até de sentir determinadas coisas. Não falo o nome do grupo por ser este um blog público, e por já ter negado inúmeros conselhos de colegas próximos e familiares, sempre com a frase quase feita: - sai disso, Thiago! Não entendem que, depois que fiz parte, não dá pra apenas sair. Eu percebi que ser cidadão é muito mais importante do que a gente julga, temos muito a fazer, temos o dever de fazer. Olha o imperativo aí novamente...DO IT! É meu principal lema pra 2008 e estar diante de pessoas sérias que querem batalhar prum mundo social e ambiental melhor, sem soar piegas ou clichê, nada compra. Agradeço todos os dias pra pessoa – que estudou comigo na faculdade – por ter feito o convite e me fazer, por consequencia, uma pessoa bem melhor e útil pro mundo. Que essas pessoas que denunciei – não citando nomes por hora claro, repensem melhor suas atitudes e condições. Reprimir não é a meta do nosso trabalho. O ideal é mudar.


TH – Agradecimentos absolutos a um de nossos apoios, o MOVIMENTO HUMANOS DIREITOS

quarta-feira, 11 de junho de 2008

"DEMAIN SERA PLUS BEAU" (Thomaz X TH)


Há algum tempo um grande amigo me disse essa frase, que viu certa vez numa loja nas ruas de Paris, e demostrou o impacto que a mesma surtiu sobre ele. Achei bonito, no entanto não dei tanta importância - não captei exatamente sua essência, tampouco vivenciei ou tive oportunidade para tal.

Quando era menor (e até hoje), tinha uma auto-brincadeira que sempre me foi recorrente: eu não era apenas o Thiago Henrick. Eu era outro, mais forte, bonito, valente, inteligente e extrovertido, que brigava por seus ideais. Esse outro era divertido, tinha uma piada sempre pronta na ponta da língua, fazia parte da galera mais descolada da escola, era uma mini-perfeição idealizada. Tinha dado até um nome pra ele: era o Thomaz. Transformar o Thiago em Thomaz sempre foi minha meta, apesar de saber que o Thomaz não passava do fruto de minha grande imaginação, e que o Thiago era menos que 1/3 dele. Isso contribuiu DEMAIS pra minha baixa-auto estima que até hoje me consome.

O negativismo exacerbado sempre imperou na vida de TH. Desde notas na faculdade. Concursos perdidos. Pessoas que se foram. Outras que descumpriram a promessa de voltar...chegou a um ponto de o normal pra mim ser "não dar certo" - era bem mais fácil do que acreditar que as coisas ficariam bem.

Engraçado voltar a ler a frase justamente no período que mais estou precisando. Essas coisas causam arrepios e mais arrepios de surpreendimento. No momento mais desnorteado, onde procurava ávidamente pra me auto-reencontrar, topo com uma carta antiga que meu amigo me mandou e releio esse título. ELE É SUPER VERDADEIRO!

Não adianta você querer parar tudo, perder sua fé. Nada disso importa. Nem os mais incrédulos poderão reverter o fato de que sempre haverá um dia tão melhor por vir. Admito que já pensei em desistir, que decidi parar, que ousei optar pela pausa -em muitos aspectos de minha vida, inúmeras vezes e oportunidades.

Reler a tal frase me fez ver que somos nós quem decidimos nosso destino. Não somos meros espectadores de nossa própria vida. Temos que usar e abusar do imperativo. DO IT! Pra que perder tempo lançando a sorte às favas, (re)clamando da vida? Pra que idealizar tanto, se não movemos uma palhinha pra modificar o que se pode ser mudado? Por que taxar essa máxima de clichê, se nem o clichê é levado a sério, se NINGUÉM FAZ.
EU FAÇO.

Como diz meu amigo, não é a frase mais criativa ou bonita, mas nos traduz um sentimento tão forte como se fosse uma oração. Ainda que tudo possa dar errado de uma forma tão desesperadora, a gente pode acreditar sim que o amanhã será mais bonito e feliz. O que nos alimenta, é a fé. Não a das igrejas. A do coração. Essa que me faz ter esperança de que tudo será bom, puro, e que me faz acreditar que eu sou quem eu quero. Que Thomaz e TH sejam, caso o último realmente queira e faça, a mesma pessoa.



TH - Eu acredito!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

NÃO TÔ


TH- Tente novamente BEM mais tarde!