terça-feira, 9 de março de 2010

TH NEWS FLASHES XXIII [Mellon collie and the infinite sadness]


Apagaram tudo...
Pintaram tudo de cinza...
Enquanto uns possuem força para salvar o barco, não esperar passivamente sentado para ver a ruína, outros desistem fácil e partem pra outram ou se afogam em meio à sua tristeza, melancolia e covardia.
A vida continua? Claro...
Esse deve sempre ser o pensamento primordial, contudo, eu não faço parte do grupo dos derrotistas.
O TH de agora, confiante, determinado e rígido consigo próprio se envergonharia de ousar pensar em desistência.
O fim representaria a morte. Pode ser que o tempo dissesse o contrário, no entanto, a causa que se briga vale muito a pena. Vale tal qual brigar pra defender um ente querido, um elemento indispensável da vida de alguém. Um membro, uma perna, um braço. E eu costumo ser um leão quando quero defender algo de meu interesse e de tamanha vitalidade.
Noto que mais uma vez caí na minha própria armadilha: me doei demais. Fiz planos. Agi por impulso, dei o salto-criança sem me preocupar com o chão e estruturei minha vida completamente associado e dependente daquilo em que acreditava. Moldei meu modo de vida, aprendi a não pensar individualmente, mas já preparado pra um futuro conjunto. Planos a dois. Metas a dois. Cheguei ao cúmulo de atrelar minha vida profissional a esse objetivo.
A questão é: sim, uma armadilha, mas porque a revolta?
Eu sempre funcionei dessa forma. Com essa entrega. Não deveria sentir vergonha de ser tão atirado quando encontro algo que me faz pensar que vale a pena...estaria traindo meus princípios, ou melhor: minha natureza.
Eu sempre considerei firme a hipótese de ter algo sério.
Então nunca agi "sozinho", nunca me fechei pro amor ou desisti de encontrar alguém que valesse a pena. Volta e meia qualquer sorriso mais cativante me deixava suspirar e minha imaginação sisuda me fazia ir à lua na hora. Não posso me condenar por isso. Sou eu, TH, que merece amar e ser amado, merece tentar procurar alguém pra compartilhar sonhos, brincadeiras, coração criança, experiencias de vida, aprendizado, erros, acertos, planos, coragens, fraquezas, alegrias, tristezas e tudo o que os momentos a dois podem oferecer.
Não me culpo por me sentir triste não.
Estaria pior se não tivesse tentado. Se não tivesse batalhado pra dar certo. Se não corresse pra apagar o incêndio, se não fizesse de tudo pra agasalhar e cuidar do bichinho assustado e indefeso.
Colhendo o aprendizado e grandes lições desse baque, mas sobretudo: trabalho interno pra não deixar a peteca cair ou perder a fé e esperança de que as coisas ficarão bem.
Nesse ponto, TH consegue se admirar. Ele percebe que, a despeito de toda imaturidade, de tudo o que tem ainda a crescer, ele consegue dar poderosos saltos e relampejos de bom senso quando o que está em jogo é sua felicidade. A falta de razão nos assuntos do coração é corrigida com pensamentos amadurecidos e proveitosos. É, ele tá crescendo, mas faz isso sem perder a inocência e ingenuidade que tanto lhes são características...
Meu momento "bola murcha" não deixa de pensar que quando se ama, acontecem milagres. As coisas simplesmente ficam boas com amor. Eu já fui testemunha-chave das bênçãos que esse dóido e imponente sentimento já operou...
E eu confio nele...
Do âmago desse estado atual fúnebre, eu confio e espero.
Melancolia temporária. Tristeza eminente. Fé DURADOURA.


TH - Não seria eu se deixasse de acreditar...

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