Num mês em que um simples evento dá brecha pra que os pensamentos de TH se desdobrem, como não matutar acerca do que o tempo faz conosco?
Observando meus primos na última semana, em partidas de videogame, saídas turísticas ou nas horas e horas de prosa, ambos (Giovanni e Rafael, este último do Espírito Santo, passando férias cá) me mostraram que seus respectivos ciclos foram mais do que coerentes. Eles se aprimoraram, preservaram suas essências e venceram num dos campos mais críticos de nossa vida: o profissional. E o fizeram acertadamente, pois não se “venderam”: havia algo em suas infâncias que determinava o que eles seriam. E caminharam magistralmente nesse sentido.
É só olhar: Rafael sempre teve um comportamento mais calmo, filosófico e profundo quando pequeno. Era uma criança mais séria...nada mais adequado do que se tornar um sociólogo com uma bem estruturada carreira na educação estatal.
Giovanni sempre foi profundo conhecedor de tudo o que era eletrônico: ele sempre demonstrou interesse em máquinas, computadores, carros, aparelhos de última geração. Era batata acertar que ele seria um inovador da informática e consegue se impor num mercado tão competitivo e que requer muito talento e atualização.
Já que estou jogando na minha própria cara trajetórias de pessoas conhecidas, falemos mais da família: A Alê sempre demonstrou, desde pequena, interesse em ajudar as pessoas. Seu gênio forte já dava mostras de que pularia todos os obstáculos para ajudar as pessoas. Essa gentileza era comprada com muita briga e altivez – era a defensora dos fracos e oprimidos da rua. Dotada de uma inteligência quase sobrehumana, eu não enxergava outro caminho seu que não fosse a Medicina, à qual se agarra com unhas e dentes, tornando-se uma profissional hiper realizada e competente. O mesmo falo do meu irmão que tem sua falta de cultura descontada em sua grande inteligência para ciências exatas, facilidades com Matemática e Física, que lhe rendeu um bom tempo como professor particular e uma bem sucedida passagem pela tão complicada faculdade de Engenharia.
E indo mais adiante, meus pais: dois profissionais do campo da Agronomia, bem competentes no que fazem, e meu parâmetro profissional maior sempre será minha própria mãe. Com interesse em Meio Ambiente, ela consegue e muito bem cumular mais e mais trabalhos, compensando sua falta em outros campos (no campo fraterno, por exemplo) sendo uma exímia e talentosa trabalhadora.
Por que todos os exemplos citados? Pois analisei todo o progresso de cada um e percebi que todos têm algo em comum: não se traíram. Perseguiram suas sagas, apenas concretizaram o que lhes era devido ser. Foram sinceros consigo mesmos. E eis a conclusão mais esperada do texto: diferente do que eu fui.
Não sou um advogado. Nunca seria. Sequer deveria ter passado pela ciência jurídica. Não sou bom no que faço, e tive que aprender a gostar do ramo durante a faculdade pra não retroceder ante uma escolha equivocada. Mas ainda assim foi uma escolha, e arcar com ela até o fim seria meu dever. Por isso jamais voltei atrás. Formei-me. Advoguei por um bom tempo, tentei concursos...mas agora eu percebo que é totalmente verdade a máxima de “trabalhar com prazer” tão dita por todo mundo. É só olhar pros exemplos supracitados. Eu fico me perguntando: no cursinho no qual eu trabalho, eu vejo diariamente pessoas se matando de tanto estudar pra passar em cargos de concursos públicos que sequer imaginam se gostarão. Fazem por dinheiro. Busca por estabilidade econômica ou status social...
Eu fui bastante vulnerável ao ser dissuadido pela família sobre minha verdadeira vocação, que era ser jornalista. Pressão, essa é a palavra que mais se adéqua: “ser jornalista em Maceió é morrer de fome” “aqui só há corporativismo” “você tem que fazer Direito pois vai lhe dar mais dinheiro”. Sem dúvidas, pra alguém que, aos 17 anos, fraco de espírito e cursando a faculdade de Jornalismo, tais frases foram bem mais fortes, a ponto de me fazer largar a Universidade e adentra no campo jurídico. Um tiro no escuro. Um salto de paraquedas numa área que não tinha nada a ver comigo. Acredito que não tenho a arrogância, a sabedoria na base da enrolada ou o jogo de cintura de dar o ‘jeitinho brasileiro’ puxando saco de Juiz pra ajudar pessoas que na maior parte das vezes não reconhece ou mede seus esforços e lhe ridicularizam como se tudo fosse sua culpa. Sim, são eles, os insuportáveis clientes.
Certo. Era meu dever arcar com o ônus de uma escolha mal sucedida, no entanto até quando? Já estou há 4 anos formado e a sensação de tudo o que tento no campo profissional dá certo por um curto período, e depois desanda. Seria esse o resultado de não sentir prazer em trabalhar? Está na hora, mais do que na hora, de escolher algo com o qual verdadeiramente me identifique algo que seja meu, que me faça feliz apenas por fazer. Eu sei que vou ter que depender do mundo jurídico pra sobreviver até que eu possa alcançar esse objetivo ainda não definido, mas eu vou seguir as sábias palavras de uma pessoa amiga: se o mundo jurídico usa as pessoas, porque eu não posso usá-lo também? Querendo ou não, é o mais amplo, o que abre o maior procedente de possibilidades e oportunidades, e vou usá-lo completamente ao meu favor de escada pra resistir até chegar lá.
Eu sei o que gosto de fazer, e sei também que é um árduo caminho até chegar lá, mas...quem tem medo? Eu não sou mais o que chora e lamenta uma escolha má feita. Eu sou aquele que arca com sua conseqüência e procura novos caminhos pra navegar. A gente sempre acha o que procurar e lugares de busca, estão mais óbvios do que pensamos...
E a linha do horizonte nunca deve ser um ponto de fuga...
Observando meus primos na última semana, em partidas de videogame, saídas turísticas ou nas horas e horas de prosa, ambos (Giovanni e Rafael, este último do Espírito Santo, passando férias cá) me mostraram que seus respectivos ciclos foram mais do que coerentes. Eles se aprimoraram, preservaram suas essências e venceram num dos campos mais críticos de nossa vida: o profissional. E o fizeram acertadamente, pois não se “venderam”: havia algo em suas infâncias que determinava o que eles seriam. E caminharam magistralmente nesse sentido.
É só olhar: Rafael sempre teve um comportamento mais calmo, filosófico e profundo quando pequeno. Era uma criança mais séria...nada mais adequado do que se tornar um sociólogo com uma bem estruturada carreira na educação estatal.
Giovanni sempre foi profundo conhecedor de tudo o que era eletrônico: ele sempre demonstrou interesse em máquinas, computadores, carros, aparelhos de última geração. Era batata acertar que ele seria um inovador da informática e consegue se impor num mercado tão competitivo e que requer muito talento e atualização.
Já que estou jogando na minha própria cara trajetórias de pessoas conhecidas, falemos mais da família: A Alê sempre demonstrou, desde pequena, interesse em ajudar as pessoas. Seu gênio forte já dava mostras de que pularia todos os obstáculos para ajudar as pessoas. Essa gentileza era comprada com muita briga e altivez – era a defensora dos fracos e oprimidos da rua. Dotada de uma inteligência quase sobrehumana, eu não enxergava outro caminho seu que não fosse a Medicina, à qual se agarra com unhas e dentes, tornando-se uma profissional hiper realizada e competente. O mesmo falo do meu irmão que tem sua falta de cultura descontada em sua grande inteligência para ciências exatas, facilidades com Matemática e Física, que lhe rendeu um bom tempo como professor particular e uma bem sucedida passagem pela tão complicada faculdade de Engenharia.
E indo mais adiante, meus pais: dois profissionais do campo da Agronomia, bem competentes no que fazem, e meu parâmetro profissional maior sempre será minha própria mãe. Com interesse em Meio Ambiente, ela consegue e muito bem cumular mais e mais trabalhos, compensando sua falta em outros campos (no campo fraterno, por exemplo) sendo uma exímia e talentosa trabalhadora.
Por que todos os exemplos citados? Pois analisei todo o progresso de cada um e percebi que todos têm algo em comum: não se traíram. Perseguiram suas sagas, apenas concretizaram o que lhes era devido ser. Foram sinceros consigo mesmos. E eis a conclusão mais esperada do texto: diferente do que eu fui.
Não sou um advogado. Nunca seria. Sequer deveria ter passado pela ciência jurídica. Não sou bom no que faço, e tive que aprender a gostar do ramo durante a faculdade pra não retroceder ante uma escolha equivocada. Mas ainda assim foi uma escolha, e arcar com ela até o fim seria meu dever. Por isso jamais voltei atrás. Formei-me. Advoguei por um bom tempo, tentei concursos...mas agora eu percebo que é totalmente verdade a máxima de “trabalhar com prazer” tão dita por todo mundo. É só olhar pros exemplos supracitados. Eu fico me perguntando: no cursinho no qual eu trabalho, eu vejo diariamente pessoas se matando de tanto estudar pra passar em cargos de concursos públicos que sequer imaginam se gostarão. Fazem por dinheiro. Busca por estabilidade econômica ou status social...
Eu fui bastante vulnerável ao ser dissuadido pela família sobre minha verdadeira vocação, que era ser jornalista. Pressão, essa é a palavra que mais se adéqua: “ser jornalista em Maceió é morrer de fome” “aqui só há corporativismo” “você tem que fazer Direito pois vai lhe dar mais dinheiro”. Sem dúvidas, pra alguém que, aos 17 anos, fraco de espírito e cursando a faculdade de Jornalismo, tais frases foram bem mais fortes, a ponto de me fazer largar a Universidade e adentra no campo jurídico. Um tiro no escuro. Um salto de paraquedas numa área que não tinha nada a ver comigo. Acredito que não tenho a arrogância, a sabedoria na base da enrolada ou o jogo de cintura de dar o ‘jeitinho brasileiro’ puxando saco de Juiz pra ajudar pessoas que na maior parte das vezes não reconhece ou mede seus esforços e lhe ridicularizam como se tudo fosse sua culpa. Sim, são eles, os insuportáveis clientes.
Certo. Era meu dever arcar com o ônus de uma escolha mal sucedida, no entanto até quando? Já estou há 4 anos formado e a sensação de tudo o que tento no campo profissional dá certo por um curto período, e depois desanda. Seria esse o resultado de não sentir prazer em trabalhar? Está na hora, mais do que na hora, de escolher algo com o qual verdadeiramente me identifique algo que seja meu, que me faça feliz apenas por fazer. Eu sei que vou ter que depender do mundo jurídico pra sobreviver até que eu possa alcançar esse objetivo ainda não definido, mas eu vou seguir as sábias palavras de uma pessoa amiga: se o mundo jurídico usa as pessoas, porque eu não posso usá-lo também? Querendo ou não, é o mais amplo, o que abre o maior procedente de possibilidades e oportunidades, e vou usá-lo completamente ao meu favor de escada pra resistir até chegar lá.
Eu sei o que gosto de fazer, e sei também que é um árduo caminho até chegar lá, mas...quem tem medo? Eu não sou mais o que chora e lamenta uma escolha má feita. Eu sou aquele que arca com sua conseqüência e procura novos caminhos pra navegar. A gente sempre acha o que procurar e lugares de busca, estão mais óbvios do que pensamos...
E a linha do horizonte nunca deve ser um ponto de fuga...
TH - Reflexões de verão
Um comentário:
"Somos quem podemos ser, sonhos que queremos ter"
Você disse a mais pura verdade, se fizermos a escolha errada temos que arcar com a consequência disso, e dar a volta por cima com garra e alcançar realmente o que se quer.
Eu acredito que você conseguirá alcançar tudo o que sempre sonhou! Conte comigo pra estar ao seu lado na torcida, na vibração ou simplesmente pra te ajudar a levantar se algum tropeço da vida teimar em te derrubar... Pois, é isso que você sempre faz comigo, e olha que vivo levando "topada".
Amo você moço inspirador!
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