Dawson's Creek era o típico seriado que eu já conhecia sem nunca ter visto!
Grandes amigos o recomendavam. Outras pessoas achavam açucarado demais. A mídia se dividia: uns amavam, outros odiavam. E na minha vida, unanimidade nunca foi um ponto favorável - eu diria que a divisão de opiniões foi o principal motivo pra haver sempre um interesse latente pela série - louco pra se externar.
Só havia visto uma cena - e já foi suficiente pra respeitar: ao som de "I'll Stand By You", dos Pretenders, a situação mostrava dois jovens: estavam aparentemente brigados, mas no íntimo de ambos, havia um desejo intenso de um sempre contar com o outro, algo sem frases pra descrever, mas apenas olhares ternos. Interpretações muito fortes, a ponto de "falar com o silêncio" e com a música. Isso me ganhou. E eis que finalmente (e tardiamente) ,apenas nesse ano de 2009, eu me predispus a assistir completamente a saga do loirinho Dawson e seus amigos. Claro que a influência do amor só impusionou meu interesse. ;)
A sinopse é a mais simples possível: a vida de um adolescente repleto de sonhos e introspectivo, que tem uma melhor amiga de infância que acaba misturando sentimentos de amizade com o início de algo a mais. Paralelamente, as desventuras de sua turma no colégio perspectivas do futuro, amizades postas em cheque, problemas de separação dos pais, debates ferrenhos sobre temas variados (a avó de Jennifer é certamente uma das personagens com traços mais interessantes), o básico envolvimento de um aluno com sua professora - aqui, nem um pouco descontextualizado ou narrado da forma rasa e simplória como seria em "Malhação", onde o foco seria mostrado apenas como um deslumbre do personagem, quando há mais nuances a serem abordados e analisados. E mais uma infinidade de temas, sempre pontuando com propriedade os sentimentos humanos, suas reações e consequências. E o melhor de tudo: os personagens FALAM o que pensam, não ficam morrendo à míngua, remoendo suas dores de cotovelo com o intuito de conquistar ganchos e mais ganchos folhetinescos. Além do mais, não existem vilões - não aqueles maniqueístas e manjados de outras produções - todos os personagens adquirem comportamentos heróicos, derrotistas ou vilanescos, de acordo com situações específicas - tal qual na vida real.
Não que eles sejam exatamente reais, mas algo bem próximo disso. São extremamente verossímeis. O único senão é o fato de eles terem tão pouca idade pra tanta maturidade, mas ainda assim, eu insisto: há realmente pessoas que desde cedo sabem enxergar o futuro e comentam entre si sobre seus sentimentos, e não existem apenas jovens bobinhos tal como em Malhação. Aliás, a novelinha da Globo busca apenas entreter, e Dawson's tem uma premissa bem mais aprofundada. Você se identifica fácil com vários personagens. Espera reações deles. Torce. Se surpreende. Eu já me enxerguei em vários!
Um outro ponto alto da série é sua trilha sonora. Para um fanático por trilhas como eu, assistir cenas com altas dosagens dramáticas e pontuadas por belas melodias - sejam incidentais, instrumentais ou mesmo as cantadas - desconhecidas ou não, é um extase! E decerto que minha discografia multiplicará a cada episódio, com músicas de qualidade cada vez mais descobertas!
O engraçado é perceber que seu criador, Kevin Williams, é baluarte do "terrir" americano com filmes de terror baba como "Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado" e "Panico", dentre outros. Em entrevistas, ele afirma ter construído a série baseado em suas memórias de adolescência. Eu acredito e percebo que quando fazemos algo brotado do fundo do coração como ele fez, não importa suas obras pífias ou encomendadas já realizadas - um trabalho feito com identificação e com bases já vivenciadas pode abonar e garantir credibilidade a qualquer artista. E depois de saber quem produziu, pude também notar suas correlações.: nomes de personagens repetidos (Gale, a mãe de Dawson, era também o nome da repórter gananciosa de "Panico", e o mesmo pra diretora Ms. Tingle - tanto da série quanto do filme "Tentação Fatal", como a professora malvada).
Um dos meus maiores ganhos em termos de teledramaturgia esse ano foi ter me permitido acompanhar Dawson's Creek. Só escrevi isso tendo visto suas duas primeiras temporadas, mas a sede de vir até aqui e compartilhar, registrando esses comentários singelos da série foi muito forte, e ao assistir suas próximas temporadas (são 5, no total) espero conseguir mais elementos pra comentar. Na sequência, mais diversão, alegria, lágrimas, torcidas, identificações e, principalmente: emoções garantidas!
Grandes amigos o recomendavam. Outras pessoas achavam açucarado demais. A mídia se dividia: uns amavam, outros odiavam. E na minha vida, unanimidade nunca foi um ponto favorável - eu diria que a divisão de opiniões foi o principal motivo pra haver sempre um interesse latente pela série - louco pra se externar.
Só havia visto uma cena - e já foi suficiente pra respeitar: ao som de "I'll Stand By You", dos Pretenders, a situação mostrava dois jovens: estavam aparentemente brigados, mas no íntimo de ambos, havia um desejo intenso de um sempre contar com o outro, algo sem frases pra descrever, mas apenas olhares ternos. Interpretações muito fortes, a ponto de "falar com o silêncio" e com a música. Isso me ganhou. E eis que finalmente (e tardiamente) ,apenas nesse ano de 2009, eu me predispus a assistir completamente a saga do loirinho Dawson e seus amigos. Claro que a influência do amor só impusionou meu interesse. ;)
A sinopse é a mais simples possível: a vida de um adolescente repleto de sonhos e introspectivo, que tem uma melhor amiga de infância que acaba misturando sentimentos de amizade com o início de algo a mais. Paralelamente, as desventuras de sua turma no colégio perspectivas do futuro, amizades postas em cheque, problemas de separação dos pais, debates ferrenhos sobre temas variados (a avó de Jennifer é certamente uma das personagens com traços mais interessantes), o básico envolvimento de um aluno com sua professora - aqui, nem um pouco descontextualizado ou narrado da forma rasa e simplória como seria em "Malhação", onde o foco seria mostrado apenas como um deslumbre do personagem, quando há mais nuances a serem abordados e analisados. E mais uma infinidade de temas, sempre pontuando com propriedade os sentimentos humanos, suas reações e consequências. E o melhor de tudo: os personagens FALAM o que pensam, não ficam morrendo à míngua, remoendo suas dores de cotovelo com o intuito de conquistar ganchos e mais ganchos folhetinescos. Além do mais, não existem vilões - não aqueles maniqueístas e manjados de outras produções - todos os personagens adquirem comportamentos heróicos, derrotistas ou vilanescos, de acordo com situações específicas - tal qual na vida real.
Não que eles sejam exatamente reais, mas algo bem próximo disso. São extremamente verossímeis. O único senão é o fato de eles terem tão pouca idade pra tanta maturidade, mas ainda assim, eu insisto: há realmente pessoas que desde cedo sabem enxergar o futuro e comentam entre si sobre seus sentimentos, e não existem apenas jovens bobinhos tal como em Malhação. Aliás, a novelinha da Globo busca apenas entreter, e Dawson's tem uma premissa bem mais aprofundada. Você se identifica fácil com vários personagens. Espera reações deles. Torce. Se surpreende. Eu já me enxerguei em vários!
Um outro ponto alto da série é sua trilha sonora. Para um fanático por trilhas como eu, assistir cenas com altas dosagens dramáticas e pontuadas por belas melodias - sejam incidentais, instrumentais ou mesmo as cantadas - desconhecidas ou não, é um extase! E decerto que minha discografia multiplicará a cada episódio, com músicas de qualidade cada vez mais descobertas!
O engraçado é perceber que seu criador, Kevin Williams, é baluarte do "terrir" americano com filmes de terror baba como "Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado" e "Panico", dentre outros. Em entrevistas, ele afirma ter construído a série baseado em suas memórias de adolescência. Eu acredito e percebo que quando fazemos algo brotado do fundo do coração como ele fez, não importa suas obras pífias ou encomendadas já realizadas - um trabalho feito com identificação e com bases já vivenciadas pode abonar e garantir credibilidade a qualquer artista. E depois de saber quem produziu, pude também notar suas correlações.: nomes de personagens repetidos (Gale, a mãe de Dawson, era também o nome da repórter gananciosa de "Panico", e o mesmo pra diretora Ms. Tingle - tanto da série quanto do filme "Tentação Fatal", como a professora malvada).
Um dos meus maiores ganhos em termos de teledramaturgia esse ano foi ter me permitido acompanhar Dawson's Creek. Só escrevi isso tendo visto suas duas primeiras temporadas, mas a sede de vir até aqui e compartilhar, registrando esses comentários singelos da série foi muito forte, e ao assistir suas próximas temporadas (são 5, no total) espero conseguir mais elementos pra comentar. Na sequência, mais diversão, alegria, lágrimas, torcidas, identificações e, principalmente: emoções garantidas!
TH - Indo ver outro episódio antes de trabalhar!
2 comentários:
Nossa! Que coisa mais linda!
Amei o post, a análise e os seus comentários sobre a série que, de longe, é a série da minha vida.
Uma pequena correção: não são 5, mas 6 temporadas.
E vocÊ já terminou a segunda?!?! Então já viu o episódio "Rest in peace, Abigail Morgan" - que é o que eu queria que você visse. Eu acho o MÁXIMO os discursos de Jen (minha queridinha!), ácida, verdadeira, contundente e sincera, e o de Andy, mais comedido, ponderado, porém igualmente sincero e verdadeiro. Acho um exemplo cabal de como a MESMA COISA pode ser dita de formas BEM DIFERENTES, sem HIPOCRISIA ou falsidade.
Enfim, amo muito a série. =)
*.*
Feliz, feliz!
Eu simplesmente AMO Dawson's Creek... e, como Dan-Dan, tenho uma predileção pela Jen, mesmo... (embora eu sinta estar muito mais para Abby... huhuhuh)
O episódio do funeral foi algo que realmente me chamou a atenção... mas foi um outro funeral (que verás bem na frente) que realmente me emocionou de verdade.
Ai, ai...
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